segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Nova carta da Sra. Vera Regina Martins Silva para este blog

DESCASO COM PÁSSARO PRESO NA REDE ELÉTRICA







Da janela do apartamento onde moro vi uma cena triste em que um pássaro ficou preso no poste de luz onde tinha seu ninho. O passarinho – um filhote de Tesourinha já em ponto de voar, enroscou uma das patinhas no que parecia ser um fio ou fiapo do próprio ninho, e assim ficou, ora dependurado, ora na borda do ninho, batendo as asas e tentando desvencilhar-se do que o prendia. Sua mãe chegava constantemente ao local e pousava ao lado do filho.

 Entrei em contato com a AESSul, a empresa que é responsável por casos como este. Fiz quatro ligações telefônicas para a central de atendimento, e também estive pessoalmente na unidade da AESSul da cidade, sendo que em todas estas vezes prometeram enviar gente para solucionar o problema, o que não aconteceu. Tudo leva a crer que houve este descaso por tratar-se de um bicho, e portanto, sem ter a chance de ser atendido. Difícil foi presenciar o sofrimento da ave e de sua mãe, que não abandonou o filho e tentava alimentá-lo, mesmo estando ele dependurado e fora do ninho. As horas iam passando, e conforme o tempo passava, mais a ave perdia as forças. Passou a tarde, veio a  noite, e na manhã do dia seguinte o passarinho ainda agonizava. Por fim, vi o que me pareceu ser um último esforço dele para se reerguer.Depois, naquele ninho, tudo silenciou.    

 Escrevo isto para registrar a minha tristeza e indignação por presenciar esta triste história ocorrida a alguns  poucos metros da janela onde moro, e assim tão perto, nada poder fazer. A AESSul, empresa à qual pago as devidas taxas como consumidora, só enviou funcionários no dia seguinte, e pela parte da tarde, quando o pássaro já estava morto. Isto ocorreu em endereço central, em local não muito distante da unidade de serviço da AESSul em Santiago. Guardo, ainda, na memória a imagem daquele filhinho tão cuidadosamente alimentado pela mãe, que o protegia do calor do sol embaixo de suas asas.   

 A empresa AESSul, que se diz preocupada com a preservação do meio ambiente, deveria das as devidas explicações aos clientes caso não se julgue capacitada para agir nestas situações. Pelo menos assim, procuraríamos as alternativas e procedimentos cabíveis, sem perdas de tempo e sem promessas vãs,conforme ocorreu comigo. Atualmente, atitudes ecologicamente corretas como a proteção da fauna e da flora, só contribuem para dar crédito ao nome  de uma empresa junto à opinião pública, principalmente em se tratando de empresas como a AESSul, cujo trabalho está diretamente relacionado a essa área (corte , replantio de árvores). Burrice é não dar a devida atenção a fatos como este em que uma ave migratória como a Andorinha morre de forma cruel em um poste de luz.

      Agradeço à Secretaria Municipal do meio Ambiente e à Associação de Conservação e Proteção aos Animais (ACPA), de Santiago, às quais comuniquei o fato, e que  tudo fizeram em auxílio deste caso.                                                                                                                           
Vera Regina Martins  Silva
Leitora

                                                                                                                         



OBS: O fato citado ocorreu nos dias 28 e 29 de dezembro de2011.


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